Para recordar
A viagem ao norte de Minas em setembro de 2007 aconteceu graças ao patrocínio da Fundação Stickel. Foram percorridos cinco mil quilômetros na região que fica em torno do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, na Chapada Gaúcha (MG).
A equipe composta por Cristina Mira (escritora), Margot Delgado (artista plástica), Germano Neto (fotógrafo) e José Oswaldo dos Santos (produtor cultural), coletou centenas de fotos, gravou 21 entrevistas, elaborou cadernos de viagem com aquarelas e gravuras, coletou canções; um extenso e rico material.
Outros livros publicados de Cristina Mira
Nos livros —Jari e Cordisburgo— publicados em 2005 e 2006 – procurei realizar uma “aproximação sensível” do lugar para chegar ao humano. Amparei-me nas anotações de viagem, na poesia, na descrição da paisagem.
Jari
Edição Bilingue (português/inglês)
ISBN: 85-905682-1-0
50 páginas
A palavra Jari, que dá nome ao primeiro livro, quer dizer rio de castanha na linguagem dos índios Wayapis.
É também o nome de um dos maiores empreendimentos agroindustriais implantados na Amazônia, o projeto Jari.
Ao lado da floresta, imensas plantações de eucalipto; sobre o Rio Jari, a maior favela fluvial do mundo, cidades, vilas, construídas para abrigar trabalhadores vindos de várias partes do País. Um cenário desafiador e complexo.
Lá encontrei o ribeirinho, o executivo e sua família, o operário de fábrica.
Que tipo de gente habita esse lugar encravado na floresta, cujo acesso se dá essencialmente por barco ou avião?
Cordisburgo
Edição bilíngüe (português/inglês)
INBN: 859056802-4
Acompanha CD com depoimentos de personagens,
aquarela, fotografias e ilustrações
100 páginas
O livro Cordisburgo, cujo nome quer dizer “cidade do coração”, revela a cidade natal no escritor Guimarães Rosa. Em sua obra, Rosa descreve minuciosamente a paisagem e faz questão de inseri-la na vida dos seus personagens.
Cordisburgo é sede do Museu Casa Guimarães Rosa, criou o grupo de contadores de estórias Miguilins, é dona de uma aura diferenciada na porta de entrada do sertão roseano.
No livro, o leitor vai conhecer figuras carismáticas como Brasinha, guia turístico-literário, embaixador de Cordisburgo. Além dele, Dona Quita, de 94 anos, uma das benzedeiras mais conhecidas da cidade, encantava a todos com suas rezas. Zito, amigo que um dia Guimarães Rosa quis levar para o Rio de Janeiro para estudar, mas que não trocou Cordisburgo pela ‘cidade grande’ e outros.